segunda-feira, 9 de agosto de 2010

uma dica de 5 minutos

Fui a Livraria Cultura comprar um presente de aniversário e encontrei um livro muito bacana:
cRIANÇAS A BORDO COMO VIAJAR COM SEUS FILHOS SEM ENLOUQUECER
AUTORA :PATRICIA PAPP PULP EDIÇÕES - CURITIBA 2010.
Parabéns, para a autora e se quiserem dêem uma conferida. Achei bem amplo e útil em qualquer contexto.
até breve

terça-feira, 20 de julho de 2010

Praga, finalmente

Devido a compromissos profissionais, conheci Praga menos do que ela merece. Ótimo, tenho um excelente motivo para voltar de preferência logo.
Com crianças pequenas, o ritmo da viagem é outro, mais lento e precisa de algumas adaptações: parar para almoçar deixa de ser uma perda de tempo e torna-se um bom momento para descansar um pouco as pernas por exemplo. Os programas noturnos devem ser cuidadosamente planejados para não embolar com a hora do sono ou do jantar ou do leitinho.
É preciso mudar o olhar: olhos a 1 metro do chão, ou menos nos carrinhos. Ficamos hospedados em um bom hotel, mas um pouco distante do centro histórico, o que nos obrigou caminhar bastante. O povo tcheco é simpaticíssimo e muito receptivo, apesar de toda a diferença de língua, é fácil estabelecer um canal de comunicação em inglês. Não sei se tive muita sorte, mas achei o povo bastante pronto para atender ao turista, e sempre tinham mais informações para acrescentar, e enriquecer nosso passeio.
Nosso primeiro passeio foi ao Jardim Botânico, cuja principal atração é justamente a estufa de plantas tropicais. O Jardim Botânico entrou no roteiro porque era necessário conciliar nesse dia minha agenda profissional. Não acho que seja uma passeio imperdível, mas não deixa de ser curioso, ver nossas plantinhas de fundo de quintal promovidas a espécies raras em exposição.
Na saída, nos perdemos pelas ruas de Praga, sem trocadilhos, realmente, nos perdemos. Imagine que a cidade é cortada por algumas grandes avenidas mais modernas que escondem teias de ruazinhas medievais entrelaçadas umas nas outras , escondendo por sua vez Igrejinhas lindas, construções antigas e toda uma atmosfera de tempo parado desde sempre. Adoro essa parte de uma viagem: perceber o tempo esperando nossa visita nesses lugares pouco tocados pela modernidade, pelo menos do lado de fora, é claro. E assim, de rua em rua, de vitrine de cristais em vitrine, chegamos a Ponte Carlos, linda, iluminada ( já era noite), soberana sobre o Rio Vltava.
Ao lado da Ponte Carlos, fica a Igreja de São Francisco de Assis. Essa igreja não é citada nos guias de Praga que usei na viagem, mas é palco de concertos de orgão. Na noite em que a visitamos, assistimos a um concerto de Orgão, Violino e Trompete, que foi lindíssimo. Vejam, não sou uma musicista, portanto não tenho condições de avaliar profundamente o repertório ou a qualidade dos músicos que se apresentaram. Mas, posso garantir que ouvir o orgão original de uma igrja construída a cerca de 400 anos, com sua acústica única, sem amplificadores, com toda a igreja na penumbra, e luz apenas no coro, foi demais! As crianças se comportaram super-bem, a ponte de alguns turistas britânicos e alemãe virem me cumprimentar pela iniciativa de levá-las a esse tipo de espetáculo tão jovens, e pelo bom comportamento. Não deixem de fazer um programa desse tipo se tiverem a oportunidade.
Só para constar alguns detalhes sobre a Igreja: ela foi construida entre 1679 e 1689, e o projeto foi elaborado pelo arquiteto francês Jean Baptiste Mathey- do Ordem dos Cavaleiros da Cruz, da cidade de Dijon na Borgonha. Faz parte de uma série de contruções do tipo da Basílica de São Pedro no Vaticano ( claro que infinitamente menor). Trata-se de uma igreja em forma de cruz grega, com suas capelas dispostas em linha diagonal. O interior é decorado em estilo barroco, lindo.

Próximos capítulos: a Ponte Carlos, o Rio Vltava, o Castelo e todo seu interior e Igreja do Menino Jesus de Praga

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Preparativos

Viajar com crianças pequenas é uma grande aventura: elas são metódicas, adoram sua rotina, adoram seu cantinho, seus brinquedos, enfim, tudo o que queremos deixar para trás quando viajamos. Para que sua viagem não se transforme num verdadeiro pesadelo, é melhor se precaver, avaliar todas as variáveis de seu roteiro e verificar onde é possível e como encaixar todos os aspectos.
Um aspecto em comum a qualquer destino é: algumas horas de avião, possíveis conexões, atrasos e espera em saguões de aeroporto, além de saber se o cardápio oferecido no vôo, faz parte da dieta de suas ferinhas. Na primeira viagem que fizemos, elas tinham um dieta pouco diversificada. Fácil, né? Além do mais, as duas tomavam um "leitinho" para dormir, uma com Nescau e a outra com Nesquick. Cada vez mais fácil. Cada um de vocês conhece as manias de seus filhos. Assim darei dicas gerais, mas espero que vocês possam adaptar a realidade de vocês.
Primeiro, entrem em contato com a companhia aérea pela qual irão viajar. Verifiquem se há dietas especiais para crianças e façam o pedido para elas. Preparem um pote para levar os leites em pó e afins. Sabem aqueles que são vendidos para transportar leite em pó para bêbês? Acho a melhor opção: num vôo de 10 horas com escala e baldeação você vai precisar de um pote por criança. Mesmo com todas as mudanças e exigências em vôos internacionais depois do 11 de setembro, alguns itens são permitidos para crianças menores.
Conversem antes também com seu pediatra. Na Europa, não é tão fácil comprar remédios como no Brasil, ou mesmo no Estados Unidos, levem o que puder ser útil com vocês: antitérmicos, antiheméticos, antihistamínicos e remédios de uso contínuo. Peçam a receita, porque ela pode ser solicitada. (PS: isso vale também para os adultos). Nunca acontece nada, mas se acontecer, você está garantido.
Se estiverem com crianças de até 25 quilos, e o roteiro tem muitas caminhadas, pensem com muito carinho em levar carrinhos para elas (no aeroporto é só despachar com as malas). Se o destino for Estados Unidos, deixem para comprar lá porque é muuuito mais barato.
Passaporte na mão, passagem comprada, vistos (quando for o caso) providenciados, temos que pensar em acalmar as crianças durante o vôo sem ninguém enlouquecer.
Vocês vão precisar de atividades que possam entreter os pequenos por muito tempo. Eles dormem mal, vocês pior ainda, e mesmo nos aviões com diversas opções de filmes infantis, as crianças têm um limite.
Sugiro que levem livros para colorir ( levei para cada uma, um livro de colorir Mandalas - para crianças- lindos), caixas de lápis de cor, giz de cera e canetinhas. Apesar de não estarem escrevendo ainda na ocasião, levei para cada uma um caderno de desenho para que elas registrassem a viagem na sua linguagem.
Durante o vôo, aproveite para conversar com seus filhos sobre o que irão ver. Não adianta falar que irão visitar um castelo de mais de 1000 anos. Essa noção de tempo, e a consciência histórica ainda não faz parte do repertório deles. Mas, dizer que elas irão visitar um Castelo onde viveu um príncipe, uma princesa ...pode ter um gostinho muito especial. Crianças menores gostam de ouvir a mesma história incansavelmente. Portanto, repita, repita e repita.
Crianças maiores irão gostar de levar seus games. Isso pode ser muito útil em viagens longas.
Verifique o clima no país de destino e faça uma lista do que irá precisar de roupa para cada criança.
Faça seu check-in online quando disponível, senão chegue no aeroporto com a antecedência recomendada (geralmente, 3 horas) para garantir que os assentos estejam corretos e etc.
PS: se você levou os potes de leite em pó e afins, não se assuste se pedirem para abrir a bolsa depois do RX: eles aparecem como geléia no aparelho e geléias não são permitidas. Mas, uma vez verificado que trata-se de Nescau ou afins, tudo acaba bem.
Bem ,primeira etapa vencida, iremos para Praga, nosso primeiro destino.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Roteiro número 1: Praga

Em 2007, surgiu uma oportunidade de viajar para Praga a trabalho por 4 dias. Assim começou minha primeira aventura. Estava extremamente dividida entre viajar com as crianças ou uma segunda lua de mel e abordava o assunto sempre que estava com meu marido, frequentemente tendo minhas filhas como testemunhas. A mais velha com 4 anos e a caçula com 2. O que elas poderiam estar entendendo da conversa? Nada imaginava eu. Em uma dessas ocasiões, a mais velha diz:
- Mamãe, andei pensando muito e é melhor eu viajar com vocês mesmo.
Com toda a propriedade que pode uma menina de 4 anos ter.
E assim, começamos a planejar um roteiro para os quatro começando por Praga.
Confesso que pensei em visitar toda a região da República Tcheca, Hungria, Áustria. O pouco que tive oportunidade de conhecer por fotos me deixou simplesmente encantada. Verifiquei todas as atividades oferecidas pelos castelos mais conhecidos. São todas lindas e muito sedutoras, mas oferecem uma limitação: a língua. Seria impossível acompanhar as histórias e seus desdobramentos.
Sou fluente em francês, então criamos um roteiro que começou com 4 dias em Praga e depois fomos para Paris.

Assim nasceu nossa primeira viagem em família.

Amanhã, voltarei para descrever o roteiro e todos os preparativos para fazer a viagem com acompanhantes tão jovens.